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segunda-feira, agosto 30, 2004

Aos nossos estimados leitores

Pessoal, gostaria de poder postar todo dia por aqui, mas agora estou em época de provas na faculdade e fica difícil parar pra pensar no que escrever. Em breve postarei novamente. Talvez nossos "postadores-fantasmas" apareçam nesse ínterim.

Abraços

terça-feira, agosto 24, 2004

De onde vem a moral?

Estava eu aqui pensando: como é que nós podemos julgar o que é certo ou errado? Como podemos afirmar, por exemplo, que matar alguém é errado?

Tudo bem que existem textos sagrados aludindo a situações como essa, como nos 10 Mandamentos, mas estou tentando ver isso sob um ponto de vista totalmente afastado da religião. Em alguns lugares, com culturas diferentes, certas coisas são até normais, mas esse sentimento de “moral e bons costumes” parece estar impregnado em todos, independente da cultura.

Creio que essa noção do que é certo ou errado vem de nossas encarnações passadas. Sim, pois a alma, carregando todas as informações de encarnações anteriores, deve ter registrado algo relacionado a isso.

Suposição: Digamos que eu mate uma pessoa. Conseqüentemente, como toda ação gera uma reação (karma), eu teria que receber as conseqüências dessa atitude, sejam elas boas ou não. Supondo que sejam ruins (como punição), isso ficaria registrado no meu “histórico” e daí em diante (se eu tivesse aprendido a lição depois dessa punição) eu, “naturalmente” ou inconscientemente, teria a memória de que praticar um homicídio é errado, pelo fato de já ter “apanhado” por isso. Ou seja, tudo se resume a uma correspondência simples com a educação de uma criança.

Sendo assim, somos todos crianças!

Vou voltar a fazer questão de receber presentes no dia 12 de outubro, hehehehehehe


quinta-feira, agosto 19, 2004

Divagações

Imagem retirada de http://www.artinvest2000.comBem, antes de começar a ler saiba que apenas estou propondo uma discussão, não jogue pedras antes de discutir.

Filosofia e Religião sempre andaram juntas em algumas ocasiões indiretamente. No entanto eu não me lembro de em nenhum momento ter presenciado ou lido um momento filosófico que não tivesse pelo menos uma vaga lembrança de assuntos religiosos.
Sinceramente eu não percebo o porque de tamanha associação dada a vastidão de assuntos que a mente humana é capaz de discorrer. Porque associamos sempre as coisa com algum tipo de divindade ou ensino religioso?
Pessoalmente tenho uma teoria, mas que ainda não trabalhei por falta de tempo mas talvez uma discussão seja interessante para ajustar meus pensamentos com o consciente social (foi o Sleeper que falou disso?).

O ser humano em geral precisa acreditar em um criador. Ele precisa saber que há alguém zelando por ele e observando o que ele faz.
‘Ok, beleza’, mas isso não vem da mente do indivíduo, mas na brilhante idéia de alguém, que no começo do que chamamos de civilização percebeu que se não houvesse uma entidade superior o homem não iria se submeter a vontade de superiores pois se acreditassem que foram criados a partir da mesma ‘semente’, não aceitariam palavras de ordem a não ser que isso viesse acompanhado de injurias físicas.
Então, se criou a idéia de divindade.

Vejam bem, não estou dizendo que não existe Deus ou Deuses, apenas estou tentando explanar um pouco sobre minha teoria, isso tudo pode muito bem ser uma conspiração dos deuses para conseguir assumir uma posição adequada no nossa sociedade.

Com os homens acreditando em, um ser superior se criou o conceito de hierarquia e no subconsciente do homem Deus ou os Deuses estão no topo e eles vêem depois, eleitos de acordo com a vontade dos Deuses.
Com isso, por mais que os filósofos conhecidos tivessem uma inteligência acima da média eles eram influenciados por conceitos religiosos. Mesmo porque, se há uma ‘cultura’ que alcança todos os níveis intelectuais de nossa sociedade essa ‘cultura’ é a religião.

Agora, de onde veio essas idéias malucas na minha mente? Bem, eu já pensava nessas coisas sem nexo (como puderam perceber) a algum tempo, mas olhando os posts abaixo veio novamente essas idéias a minha mente.

Sempre filosofamos pensando em religião ou correlatas...

segunda-feira, agosto 16, 2004

Frases que atravessam a História - II


Thoth



"Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses."

Inscrição do Templo de Delfos


Essa frase pode ser melhor entendida se considerarmos também o Princípio Hermético de Correspondência, que Hermes Trismegisto postulou da seguinte forma:

"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima."

A Tábua das Esmeraldas (de Hermes Trismegisto)


Frases e imagem retiradas do site do Dr. José Laércio do Egito

terça-feira, agosto 10, 2004

Frases que atravessam a História



"Não aceite nada daquilo que vos digo; não aceite aquilo que está escrito em livros considerados sagrados; aceite somente aquilo que passou por vossa compreensão"

Sidarta Gautama (Buda)

quinta-feira, agosto 05, 2004

Epifania ou Ainafipe??

Epifania
do Lat. epiphania < Gr. epiphneía, aparição
s. f.,
aparição de Jesus Cristo aos gentios;
festa religiosa para celebrar esta aparição a 6 de Janeiro;
dia dos Reis Magos.



nunca tive esse termo com o significado que está aí. pra mim, epifania é uma experiência de confirmação religiosa. a finalização de uma transição importante. o término engrandecedor de uma descoberta religiosa.
bem, não é a intenção discutir etimologia, por isso esse titulo imbecil.
o fato, é que instantes atrás passei pelo que eu vejo ser uma epifania.
as pessoas mais próximas de mim, sabem que, desde mais ou menos um ano atrás, eu venho desistindo do cristianismo, mais precisamente do espiritisimo, dentro do cristianismo.
...
bem, que seja... do cristianismo como um todo.
então, resolvi que aos poucos ia deixar pra trás todos os laços que me prendiam com a fase anterior da minha vida religiosa. e assim foi sendo. primeiro, não peguei mais nenhuma coordenação de trabalho, trabalhos ou ainda tarefas pequenas no centro. ia finalizar o curso que eu estava dando. depois que acabei esse curso, fui parando de ir ao centro. ia de vez em quando pra encontrar os amigo. nada mais de palestras, de passes, de orações. até que duas semanas atras, decidi que foi a última vez. comecei tb, a me desfazer dos meus livros. dei uns. quando precisei de grana, vendi outros. afinal, eles não me interessavam mais mesmo!
mas, resolvi guardar alguns. não sei pq.
sei que hoje, estava arrumando o meu quarto. tentando dar ordem na minha cabeça de fora pra dentro, (acreditem! isso ajuda!!) antes de reiniciar o meu profession blot. o blot de hoje, será pra thor. talvez o deus que eu mais me identifico. e bem...quando estava arrumando o armário onde estavam os livros, alguma coisa fez clic na minha cabeça e eu achei que era hora de mandar esses livros embora tb.
no meu caso, o fato de eu resolver praticar a antiga religião nórdica, não é apenas uma escolha de religião. é uma volta a minha veradeira familia espiritual. no profession blot, eu devo me mostrar a eles e fazer meus votos de fidelidade. no meu caso, creio que refazer esses votos.
um tempo atrás, já havia feito pra o meu pai, odin. mas por motivos que não vem ao caso, não pude continuar. hj, é dia de voltar. e hj devo me"apresentar" pra thor.
bem, os mecanismos do profession não interessam, agora.
o que me chamou a atenção, foi o simbolismo do momento. eu ter essa sensação de me livrar definitivamente do passado, justamente quando eu retomo uma vida, uma familia e, provavelmente, recomeço a assumir o meu verdadeiro papel.
dentro mim, várias coisas mudaram nesses minutos de descoberta.
agora, preciso descobrir que coisas são essas.

Conselhos

Nesses últimos dias, a D. Sleepa passou por um período ruim, assim como o que passei há mais ou menos 2 meses atrás. Nesses momentos, parece que tudo na vida perde o sentido e nada mais traz alegria. Até nossas crenças ficam abaladas. Começamos a questionar o valor daquilo que fazemos e acabamos achando que a vida que levamos não tem valor algum. Foi extremamente complicado quando tive que passar por essa “noite negra”, mas tive bons amigos que me apoiaram bastante.

Confesso que ainda não sei como saí dessa situação, mas tudo já voltou ao normal. No período de “recuperação”, houveram alguns insights, como aquele que relatei no post Simplicidade, sonhos e outras coisas que me ajudaram bastante a encarar tudo de forma mais animadora, mas ao conversar com minha amada e vendo-a na mesma situação, admito que fiquei sem reação. Não sabia o que dizer pra ajudá-la a sair daquilo. Como nos vemos apenas algumas horas nos finais de semana (por conta do trabalho e da faculdade), ficava mais difícil pois estar ao lado é bem melhor do que tentar ajudar só por telefone.

Foi aí que ontem, no meio da minha aula, ela estava no seu intervalo no trabalho e me ligou. Fui pra fora da sala e conversamos um pouco. Ao vê-la naquela situação – quase numa crise de choro, o que seria complicado pois ela trabalha diretamente com o público – me veio instintivamente uma idéia que, na hora, me pareceu ridícula, mas como precisava dizer alguma coisa pra tentar reanimá-la, falei:

“Faça o seguinte: esqueça tudo o que está te afligindo e termine o seu dia com bom humor. De certa forma tente se esforçar para manter seu sorriso e deixar de lado qualquer pensamento de desânimo. Mesmo sendo um “paliativo”, pelo menos não vai prejudicar o seu trabalho.”

E não é que deu certo? Ela saiu rápido desse período ruim e já está muito bem, obrigado. Fiquei pasmo ao ver o quão rápido aconteceu tudo isso, quando comigo demorou quase um mês e quase cheguei a procurar um psiquiatra, pois suspeitava que estivesse com depressão.

Preciso começar a ouvir meus próprios conselhos, hehehehehehe

segunda-feira, agosto 02, 2004

A Colina Proibida



Numa cidade ao sul de Esparta, havia uma colina que era tida como amaldiçoada. O terreno era cercado por arame e estacas e a única coisa que se sabia sobre o seu dono era que ele havia desaparecido ao entrar em sua propriedade, há uns 15 anos atrás. Por ser um terreno grande, o topo da colina não podia ser visto com clareza, a não ser que algum corajoso se aventurasse a adentrar pelo terreno.

Muitas outras pessoas já haviam desaparecido durante todos esses anos. No entanto, a maioria dos que tentavam chegar lá conseguiam retornar, pois ao chegar num determinado ponto do caminho, voltavam amedrontados. O que descreviam era realmente assustador: ao se aproximarem do cume, viam dezenas de corpos estirados no chão e pensavam que, se chegassem até lá, terminariam por se juntar àquela cena desoladora. Pensavam em suas famílias, seus trabalhos e sua vida pacata, e por não quererem abandonar tudo para encontrarem-se com a morte, voltavam para casa e ajudavam a manter o mito de que aquele era um lugar proibido.

Certo dia, um importante fazendeiro local, que tinha muitas posses e empregados, resolveu mostrar sua coragem e ir até a colina. Na verdade não era uma coragem de quem quer provar algo para alguém, mas, a de um buscador espiritual, que tinha se sentido atraído por aquele mistério e decidiu encará-lo de frente. Sua família tentou persuadi-lo a não fazer aquela loucura, mas como era um bom homem, e mantinha seus ideais firmes, despediu-se de seus queridos e foi em direção ao desconhecido.

Chegando lá, junto à cerca, alguns curiosos apenas olhavam aquele senhor, que aparentava ter uns 56 anos, que parecia ter enlouquecido para fazer tal insanidade. Muitos praguejavam, dizendo que ele estava sendo louco e egoísta por deixar sua família sem o seu amparo.

Mas mesmo assim o determinado homem passou pela cerca e começou a caminhar. Tinha um semblante sereno quando já se aproximava do “ponto de retorno”. Ele, que já conhecia as histórias sobre os corpos, continuou confiante e seguiu sua marcha. Mas nesse momento lhe vieram os mesmos pensamentos que faziam as pessoas retornarem. Pensou em sua família, sua fazenda e tudo aquilo que tinha na vida.

“- Eles conseguem viver sem mim. Meus filhos estão crescidos e podem tomar conta dos negócios.” – pensou o bom homem.

Ao se aproximar dos corpos, sua apreensão deu lugar a um sentimento de estupefação. Os corpos não cheiravam mal, mas ao contrário, exalavam um tênue e agradável perfume. Seus rostos demonstravam um ar de alegria, o que lhe intrigou ainda mais. Estarrecido, ele chegou mais perto e viu que também não apresentavam sinais de decomposição. Com a mente confusa, seguiu adiante por entre os corpos até o seu destino:o topo da colina.

Mas no momento em que apressara seu passo, uma luz branca e resplandecente ofuscou seus olhos. Ele se viu rodeado por essa luz e, ao invés de se apavorar, sentiu uma enorme calma. Ao parar, ouviu uma voz que não parecia vir de lugar algum, mas que lhe sussurrou as seguintes palavras:

“- Você teve coragem de deixar sua vida e tudo o que lhe prendia a ela. Demonstrou desapego e fé, até mesmo quando não conhecia nada à sua frente. Junte-se aos demais que já vieram e livre-se desse mundo de paixões e injustiça. Você agora é um Iluminado.”

Nisso, a luz desapareceu, mas não por completo, pois ele mesmo se viu rodeado de luz - a sua própria. Novamente pensou em sua família, mas dessa vez abençoando-lhes e desejando que mais pessoas tomassem coragem de chegar até aquele ponto da colina.

E com uma ação de sua vontade, fundiu-se com sua própria luz e largou seu corpo mundano.

Enfim, ele retornara.