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terça-feira, outubro 30, 2007

Comentando os comentários

"Repito isso para mim mesmo, para me conter, me impedir de cometer ações que venham me prejudicar e prejudicar a otrem. Fruto do meu egóísmo e desejo, são esses pensamentos que me atormentam e me assombram, me tiram o sono, me sufocam. Será que estou de fato ficando louco? Roni Shaloub "

Roni, acho que, até conseguirmos atingir o nosso "nível ideal" de atitudes, de capacidade de ação, devemos naturalmente passar por um estado de "loucura", pois enquanto travarmos uma guerra entre nossos ideais e nossas ações, não vamos a lugar algum. Somente teremos paz quando juntarmos esses dois opostos. Quando "os pólos se tocarem", conforme disse o grande Hermes Trismegisto.

Abraço.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Tirando o pó

Depois de mais de um ano afastado, resolvi reativar esse cantinho pelo qual tenho muito apreço...

Será que ainda restou algum leitor pra comentar e debater? =)

Muita coisa aconteceu nesse ano que fiquei longe, mas o aprendizado foi muito maior do que em toda a minha vida.
Tenho dito e repito várias vezes:

"Não quero me conformar em NÃO ser aquilo que sonho pra mim."

Carpe Diem.

sábado, julho 08, 2006

Controlando o fogo



Depois de muito tempo sem atualizar esse cantinho pelo qual tenho muito apreço, resolvi passar pro PC, alguns devaneios que tive acerca do fogo, tanto como elemento, quanto como “característica mental”.

O pentagrama mostra, como na obra O homem vitruviano de Da Vinci, o Ser, a Consciência (representado pela cabeça), dominando os 4 desejos, ou os 4 elementos (representados pelos braços e pernas).

Como “tudo é mental” (já dizia Hermes Trismegisto), os elementos, além de suas propriedades e características, representam também estados mentais, os quais nos levam através do pêndulo do Ritmo, nos prendendo a esse mundo de forma que sejamos peças de xadrez, ao invés de enxadristas. A evolução consta justamente em dominar nossos estados mentais; dominar os 4 elementos e aquilo que eles representam. No caso do fogo, este pode ser exemplificado em nossas mentes pela Vontade, e pela paixão.

No caso da paixão (física, psicológica ou amorosa - por objeto, ideologia ou pessoa), ele geralmente está desenfreado, queimando nosso Ser e não permitindo que pensemos de forma racional. A paixão por uma pessoa pode ser um exemplo (que geralmente culmina num sofrimento muito grande, caso não consigamos nos realizar ou sentir retribuídos), mas também a outras coisas. Eu, por exemplo, sou apaixonado por música e, mais especificamente, bateria. Por conta disso, boa parte dos meus gastos e dívidas são relacionados a esse desejo desenfreado de comprar equipamentos, acessórios para bateria, ou até mesmo uma bateria inteira (tenho 2, mas vou vender uma delas). No meu caso, essa paixão possui um fator limitante, que é o meu salário, mas e aquelas pessoas que possuem paixões sem limites? (o fanatismo religioso ou marxismo ultra-radical de alguns, por exemplo)
Se conseguimos pensar antes de falar e agir, vemos o quanto nos preservamos de certos sofrimentos.

Um paralelo que fiz foi utilizando um lampião como exemplo: se o penduramos em segurança em nossas casas, ele – com seu fogo controlado – irá iluminar o ambiente em que estamos, e talvez até aquecê-lo. Caso o derrubemos, as chamas poderão se espalhar rapidamente pelo humilde casebre que construímos e queimar tudo. Perderemos sempre muita coisa.

Controlar as paixões não é nos tornarmos “duros” ou “insensíveis” perante elas, mas saber de onde vêm, para onde nos levarão (caso percamos o controle) e saber usar a razão antes que elas nos dominem, pois essa é a verdadeira Força de Vontade.

sexta-feira, abril 21, 2006

Atemporal



"O homem teme o tempo. O tempo teme as pirâmides." (provérbio árabe)

quarta-feira, abril 19, 2006

Pré-julgamento, ego e culpa

Certas vezes nos julgam, e é freqüente que tentemos mostrar a essas pessoas que não somos aquilo que pensam. Gasta-se tempo, muitas palavras e paciência, na tentativa de mudar os pré-conceitos que são formulados a nosso respeito, e geralmente o efeito não é satisfatório.

Porquê?

Porque as pessoas preferem acreditar naquilo que têm em mente, naquilo que, mesmo sendo uma suposição absurda, as livra de admitir que podem estar erradas, que lhes mantém protegidas, “terceirizando” a culpa delas mesmas.

É muito fácil acreditar piamente que alguém nos traiu, que fez tudo de caso pensado, que foi tudo minuciosamente maquinado, ao invés de ver seus próprios erros na situação. As pessoas não tentam enxegar além do que o seu egoísmo permite.

O Ego acaba impondo limites na nossa consciência. Transcendamos, pois.



O ego é um muro. Um muro é uma pilha de tijolos. Tijolos são blocos de terra. Basta que deixemos essa terra sob nossos pés e nada mais nos impedirá de seguir adiante.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Estranheza

Apesar de ser algo conhecido por todos, eu nunca tinha “internalizado” aquela história de que, por mais que a gente conheça as pessoas, sempre existem partes de suas personalidades que nunca iremos nem desconfiar.
É incrível ver pessoas que julgávamos conhecer profundamente, e que nos conheciam na mesma intensidade, acreditarem em coisas absurdas a nosso respeito. Tudo bem, o ser humano tem a tendência de sempre “terceirizar” a culpa, ou como diz uma amiga minha, de “tirar a bunda da seringa”, mas crer que faríamos coisas que sequer acreditamos já extrapola o limite da razão (ou do bom senso).
Isso me faz ficar ainda mais cético quanto à capacidade humana de compreender o seu semelhante. Além disso, as pessoas mudam muito rapidamente, se tornam completos estranhos em pouco tempo, apesar de acharmos que as conhecíamos de uma forma tão intensa que qualquer mudança seria perfeitamente “previsível”. Ledo engano.

Como diria o grande filósofo Sócrates: “Só sei que nada sei.”

Às vezes precisamos “descer do salto” e admitir que nosso conhecimento, em especial acerca do próprio ser humano, é tão ínfimo quanto um grão de areia no deserto.

Dica do dia: “Antes de achar que estão lhe fazendo mal, procure analisar se VOCÊ não agiu errado e acabou trazendo o mal pra si mesmo.” Afinal, como disse o mestre Hermes Trismegisto, no Caibalion: “TUDO É MENTAL”.


Homem, conhece-te a ti mesmo!


Boas energias a todos.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Equanimidade

Nada paga o preço de estarmos felizes por nós mesmos. Não basear a própria felicidade na dependência de outra pessoa é uma grande conquista. Alcançando esse estágio, até mesmo os relacionamentos ficam mais fáceis de se lidar, de pensar usando a razão ao invés do coração. Isso traz uma paz incomensurável.

Auto estima é a chave.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Degraus X Paredes




É legal quando a gente olha pro que passou e vê a importância de tudo aquilo que vivemos pro nosso desenvolvimento e atual estágio de consciência.

No momento dos acontecimentos considerados ruins, vemos tudo como uma grande maldição, que não merecíamos aquilo e tudo mais. A verdade é que as grandes lições provêm dessa fonte. Em muitos casos, se permanecesse como estava, nossa vida estaria parada; nossa evolução, em estado cataléptico. Essa é a idéia de viver intensamente. Se as coisas estão muito paradas, é um aviso de que chegou a hora de tomar atitudes. Depois de muita coisa que passei, achei que não fosse conseguir me reerguer tão cedo, que minha “grande chance” havia sido desperdiçada.

Nada disso! Nossa grande chance está eternamente à nossa frente. Cada minuto é uma grande chance de fazer sempre melhor do que fizemos. Claro que, como as coisas acontecem às vezes de forma brusca, a dor e a mágoa resultantes nos deixam amargos, cheios de pensamentos indevidos, que distorcem nossa realidade dos fatos e fazem as teorias mais absurdas parecerem absolutamente plausíveis. Com isso, falamos os piores impropérios, nos sentimos no direito de machucar aqueles que nos machucaram, etc.

Imaginem tudo isso como uma saliência de tijolos feita à nossa frente. Juntando-se várias delas em sequência, está a nossa “escada evolutiva”.

Um grande passo em nossa evolução é justamente saber entender esses momentos como degraus e deixá-los sob os nossos pés, ao invés de nos abaixarmos tanto que pareçam paredes.

sexta-feira, outubro 21, 2005

A Mente e o Corpo

Um exemplo muito claro do poder que a Mente exerce sobre o corpo tem acontecido comigo nos últimos tempos...

Desde os 15 anos (ou seja, há 10 anos) eu alimento o sonho de ter uma banda e viver do trabalho com música. Nesse ínterim, participei de 3 ou 4 bandas e outros tantos “projetos inacabados”, sendo que hoje faço parte da banda que mais tem “prometido”. Tanto é que na próxima quinta-feira (27/10) farei meu primeiro show. Os caras que tocam comigo já tiveram outras bandas e fizeram muitos shows, inclusive foram chamados pra tocar no Texas/USA com uma dessas bandas.

Bem, voltando ao assunto em questão, o problema é que, com a proximidade da data mais esperada dos meus últimos 10 anos, minha coordenação motora vem travando cada dia mais. Como sou baterista, isso torna-se preocupante, devido à velocidade insana da maioria das músicas (hehehe). Estou errando até músicas que eu já tinha completo domínio! Pra achar um “motivo”, minha mente arruma desculpas esfarrapadas pra disfarçar o nervosismo: banquinho desconfortável ou em altura fora do ideal, pernas que cansam mais rapidamente que antes, mãos sem precisão na pegada, etc... Com isso, o nervosismo só aumenta, e com ele, todos os problemas acima vão tomando proporções catastróficas, e o que é pior: a menos de uma semana do show!

Percebi que agora é a hora de tentar trabalhar minha mente pra encarar esse show como um ensaio qualquer, apenas com mais gente olhando... =P

Só pra fazer um jabá: o blog da minha banda é esse aqui.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Estar no presente

Um dos maiores exercícios místicos (senão o maior) é o de colocar-se inteiramente no seu presente. Pode parecer uma idéia absurda, mas a realidade é que nós realmente dormimos o tempo todo. Quantas vezes estávamos dirigindo e, quando menos percebemos, já chegamos ao destino? Ou mesmo absortos na direção, passamos da entrada da rua ou da parada de ônibus?
Estar no presente é afirmar constantemente “EU SOU”. Com isso, passamos de agentes passivos a observadores. Começamos a nos ver em terceira pessoa, e assim fica muito mais fácil realizar um auto-questionamento, de ver onde estamos errando, ou perceber o quanto alguns pensamentos nos fazem mal.
É extremamente difícil manter-se no presente o tempo todo, pois logo que começamos a praticar, em questão de segundos nossa mente é invadida pelos mais diversos pensamentos e lá estamos nós dormindo novamente. Cabe a nós, perseverar e não querer “apagar” estes pensamentos, mas apenas observá-los.

terça-feira, setembro 06, 2005

Egoísmo X amor próprio



Há uma linha tênue entre a pessoa egoísta e aquela que não possui amor próprio. Passar por cima de tudo e todos para seu benefício não é justo, assim como se doar tanto a ponto de sofrer também não é. Mais uma vez chegamos ao que Buda enfatizava: O Caminho do Meio.

O equilíbrio é a base de uma vida saudável, sem excessos nem faltas. Há de se buscar primeiro seu equilíbrio. Depois disso é que se pode ajudar o próximo...

Ainda vou quebrar muito a cabeça com isso.

P.S.: Profundos agradecimentos a você, queridona...

segunda-feira, agosto 29, 2005

Aprender a aprender

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Como se dá o nosso aprendizado na vida? Essa pergunta sempre ficou suspensa no ar, sem que eu tentasse obter uma resposta convincente. Hoje creio no que a maioria também aceita: o sofrimento é nosso maior professor. É claro que também aprendemos com leituras, acontecimentos felizes e outras coisas, mas o sofrimento é quem causa maior impressão em nossas almas. Com o tempo e a idade, nosso ser necessita de graus diferentes de sofrimento para poder assimilar o conceito a ser apreendido pelo intelecto.

Isso pode ser exemplificado se fizermos uma "linha do tempo" em nossas vidas: quando crianças, como nossos pais faziam-nos aprender? Mediante castigos, negação de nossos pedidos ou as famosas (e repudiadas) surras. Admitamos que as últimas sempre eram mais eficientes para entendermos o recado, pois uma lição de moral, quando estamos numa idade ainda pequena, pode não ter todo o efeito desejado. Ao crescermos, percebemos que, se hoje alguém nos desse palmadas na bunda, apenas reagiríamos dando o troco ou processando o cidadão que nos infligiu essa agressão. Com isso percebemos que o aprendizado se dá (em grande parte) através de situações às quais não podemos reagir prontamente. Se hoje podemos reagir a uma agressão, não sabemos o que fazer quando perdemos um grande amor, nossos empregos ou qualquer outra coisa que consideremos um mal incalculável.

Eis que assim, quando conseguimos superar aquilo que consideramos como uma grande perda, a lição é gravada em nosso subconsciente de forma indelével, juntando-se ao nosso “arcabouço mental” (citado no post anterior) e tornando-se parte de nós mesmos. É esse somatório de lições que compõe boa parte da nossa personalidade.


P.S.: Tudo o que é escrito aqui reflete a opinião do autor, ou seja, não é baseado em tratados sobre psicologia e afins, mas unicamente nas minhas experiências.