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segunda-feira, agosto 29, 2005

Aprender a aprender

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Como se dá o nosso aprendizado na vida? Essa pergunta sempre ficou suspensa no ar, sem que eu tentasse obter uma resposta convincente. Hoje creio no que a maioria também aceita: o sofrimento é nosso maior professor. É claro que também aprendemos com leituras, acontecimentos felizes e outras coisas, mas o sofrimento é quem causa maior impressão em nossas almas. Com o tempo e a idade, nosso ser necessita de graus diferentes de sofrimento para poder assimilar o conceito a ser apreendido pelo intelecto.

Isso pode ser exemplificado se fizermos uma "linha do tempo" em nossas vidas: quando crianças, como nossos pais faziam-nos aprender? Mediante castigos, negação de nossos pedidos ou as famosas (e repudiadas) surras. Admitamos que as últimas sempre eram mais eficientes para entendermos o recado, pois uma lição de moral, quando estamos numa idade ainda pequena, pode não ter todo o efeito desejado. Ao crescermos, percebemos que, se hoje alguém nos desse palmadas na bunda, apenas reagiríamos dando o troco ou processando o cidadão que nos infligiu essa agressão. Com isso percebemos que o aprendizado se dá (em grande parte) através de situações às quais não podemos reagir prontamente. Se hoje podemos reagir a uma agressão, não sabemos o que fazer quando perdemos um grande amor, nossos empregos ou qualquer outra coisa que consideremos um mal incalculável.

Eis que assim, quando conseguimos superar aquilo que consideramos como uma grande perda, a lição é gravada em nosso subconsciente de forma indelével, juntando-se ao nosso “arcabouço mental” (citado no post anterior) e tornando-se parte de nós mesmos. É esse somatório de lições que compõe boa parte da nossa personalidade.


P.S.: Tudo o que é escrito aqui reflete a opinião do autor, ou seja, não é baseado em tratados sobre psicologia e afins, mas unicamente nas minhas experiências.

quarta-feira, agosto 24, 2005

Reconstruindo o chão


Sabem quando a gente constrói todo um aparato mental, como uma base para a nossa vida? Dentro desse arcabouço, moldamos nossas atitudes e fazemos nossos planos pro futuro. Um exemplo é quando achamos que a pessoa com quem convivemos estará ao nosso lado pro resto da vida. Quando há uma separação, nos vemos forçados a ver que podemos sobreviver sem aquilo, mas aí vem o pânico: o que fazer? E, principalmente, COMO fazer?

É interessante ver o quanto baseamos nossa vida em situações externas, por mais que não admitamos isso, por mais que nos achemos independentes. Com isso, deve-se fazer, primeiramente, uma análise da real importância dessa base construída (e recém demolida) para o nosso desenvolvimento, seja pessoal, profissional ou de qualquer outra esfera. Depois, é hora de deixar o passado no seu devido lugar. Em primeira instância, é importante enterrar o passado em definitivo, pois lembranças boas podem trazer à tona lembranças ruins, e todo esse remoer só nos traz mais tristeza e nos leva mais fundo no poço. Com o tempo, esse passado pode ser rememorado, desde que devidamente superado. O perdão é fundamental para que nos sintamos em paz com nosso passado. Depois vem a parte principal: mudar o foco de nossos pensamentos, pois, ao extirpar o passado, quase não sobra nada pra se pensar, pois o ser humano vive quase sempre com um pé no “antigamente”, ao invés de ser no “daqui pra frente”. Pode ser realmente difícil, mas podem ocorrer fatos simples que nos tiram do antigo foco e nos colocam em contato com o novo, novas possibilidades e esperanças. Há de se tomar muito cuidado com o deslumbramento causado por tudo isso, mas com certeza, uma nova linha de pensamento sempre nos ajuda a sair da tristeza e abandonar nossas lembranças.

Sejamos felizes por nós mesmos. Sejamos felizes PARA nós mesmos!


O resto vem como consequência...