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terça-feira, novembro 16, 2004

Doido, eu? Quem me dera!!!

É magnífico ver como podemos aprender com tudo nesse mundo, inclusive com os chamados (injustamente) de "loucos".
Algumas vezes tive a oportunidade de pegar o mesmo ônibus que um rapaz que, creio eu, tem problemas neurológicos. O interessante é que esse problema não deve ser muito grave pois ele freqüenta um colégio e vai sozinho no ônibus, mas o que dá pra reparar é que ele, assim como muitos que apresentam algum tipo de distúrbio neurológico, tem o costume de sorrir sempre. Seu semblante sempre passa um ar de alegria, o que é intrigante. Segundo minhas crenças, se alguém nasce com algum distúrbio ou deficiência, é porque precisa passar por isso, ou por algo que fez anteriormente, ou porque há algo importante a aprender com isso (ou os 2), o que, teoricamente, deveria representar um certo tipo de sofrimento para a alma que não consegue se expressar completamente.
Numa ocasião, ele desceu em sua parada e tentou aproveitar o sinal fechado pra atravessar a rua, mas no momento em que esboçou uma corrida, o sinal abriu. Quando ele tentou parar, estava passando por cima de algumas pedras, o que fez com que escorregasse e caísse com força no chão. Sabem o que ele fez? Deu uma boa risada, se levantou, limpou a roupa e as mãos e ficou esperando o sinal fechar novamente, rindo da própria queda, ao contrário de nós, que já saímos praguejando e se lamentando. Aquilo me marcou profundamente, pois imaginei que essas pessoas devem ser assim justamente por não terem absorvido muito dos nossos hábitos "civilizados", que botam a tristeza e a auto-piedade em primeiro plano.

Isso me lembrou uma frase de (acho) Rousseau: "O homem nasce puro. A sociedade o corrompe."

Mais perfeito, impossível. Loucos somos nós...

quinta-feira, novembro 04, 2004

Notícias do limbo

Ainda estou vivo. Aguardem...