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segunda-feira, outubro 25, 2004

O Nascimento dos Pandavas

Rei Pandu, o imperador do mundo, matou um sábio e sua esposa, que estavam disfarçados como veados justo enquanto eles estavam quase se acasalando. Antes de morrer, o sábio amaldiçoou o rei a morrer se tentasse conceber uma criança. Enquanto o Mahabharata continua, o sábio Vaishampayana relata a lamentação de Pandu e o extraordinário nascimento de seus filhos.

Vaishampayana disse:

Vendo o jovem sábio falecer, o rei ficou desesperado. Angustiado com a morte acidental do santo brahmana, ele e suas esposas lamentaram como se por um parente deles.

Pandu disse:

– Pessoas como eu a quem falta avanço espiritual, ainda que nascido em famílias nobres, vêm a ser desgraçados por seus próprios atos tolos. Tais pessoas estão presas na rede dos seus desejos egoístas.
Tenho ouvido que meu pai Vicitravirya, embora nascido de pais religiosos, veio a absorver-se em prazeres sexuais e, por excesso de apego, aquele jovem rei morreu sem filhos. Entretanto, o autodisciplinado e divino sábio Dvaipayana gerou-me na mulher de meu pai. [Que abençoado nascimento foi o meu!] E ainda hoje minha mente degradada tornou-se absorta em paixão maligna, e perdi-me tolamente em caçada. Sou tão perverso que mesmo os deuses abandonaram-me!

[Conquistei a Terra com força militar, mas porque não conquistei meus próprios desejos materiais, quedei-me em escravidão.] Estou determinado a me esforçar por salvação, pois escravidão para este mundo é nada mais que grande calamidade. Agora seguirei o imperecível passado de meu pai Dvaipayana. Não tenho dúvida. Praticarei a mais severa austeridade e errarei pelo mundo sozinho como um mendicante solícito, ficando cada dia debaixo da sombra de uma árvore simples. Raparei minha cabeça e cobrirei meu corpo com poeira. Viverei em casas abandonadas ou simplesmente embaixo de uma árvore, e nada agradar-me-á ou desagradar-me-á.

Não me lamentarei ou rejubilarei por nenhuma coisa material. Se as pessoas escarnecerem-me ou louvarem-me, eu aceitarei ambos escárnio e louvor igualmente. Não ambicionarei nada neste mundo mortal ou adularei nenhum homem por seu favor. Calor e frio, alegria e dor, vitória e derrota – não vacilarei diante dessas dualidades mundanas, nem reivindicarei nada para ser meu. Não serei carrancudo, nem zombarei de nenhuma criatura. Estarei sempre de semblante alegre e dedicar-me-ei ao bem-estar espiritual de todos os seres viventes. Não cometerei violência contra nenhuma vida, móvel ou imóvel, pois sempre verei todas as criaturas de Deus como meus próprios parentes amados. Tratarei todas as coisas viventes com igualdade.

Vaishampayana disse:

Falando assim, Rei Pandu, profundamente entristecido, respirou pesado por um longo tempo. Encontrando com cuidado os olhos de suas amadas Kunti e Madri, ele disse-lhes:

– Todos precisam ser comunicados das mudanças em minha vida. Muitas pessoas dependem de mim, portanto, tão gentil quanto for possível, vocês precisam informar minha mãe, o sábio Vidura e o Rei Dhrtarastra e todos os outros parentes. Falem com os nobres Satyavati e Bhisma, todos os sacerdotes da família real, e os brahmanas, aquelas grandes almas tão estritas em seus votos que beberam o néctar dos deuses. Contem aos anciãos e aos mais velhos cidadãos que nos têm servido com fervor em todas as suas vidas. Contem a eles todos que Pandu se foi, se foi sozinho para a floresta.

Ouvindo sua decisão de viver na floresta como um asceta, as mulheres responderam com igual determinação:

– Há outros estágios de vida para pessoas casadas nos quais você pode realizar austeridades pesadas junto conosco, suas legítimas esposas. Sem dúvida você será bem sucedido e chegará à residência celestial. Ambas estamos prontas para fixar nossas mentes e sentidos em vida espiritual, pois estamos determinadas a seguir você nesta vida e na próxima. Decidimos renunciar o desejo material e prazer, e suportaremos sérias austeridades. Ó mais erudito, ó senhor da Terra, se você nos rejeitar, de imediato abandonaremos nossas vidas. Não há dúvida sobre isto.

Pandu disse:

– Se isso é o que ambas vocês decidiram, então podem vir junto, desde que seus propósitos estejam de acordo com princípios religiosos. Mas eu as previno, cumprirei meus votos estritamente, seguindo meu pai Dvaipayana Vyasa. Renunciarei verdadeiramente todo conforto doméstico, concentrar-me-ei e realizarei severas austeridades. Vagarei na floresta profunda, vestido em casca de árvore, nutrido com frutas silvestres, nozes e raízes. Sentar-me-ei ao fogo, não somente no inverno glacial, mas no verão abrasador.

Banhar-me-ei no rio não somente no verão, mas no inverno também. Usarei farrapos e peles e longos cabelos emaranhados, e meu corpo ficará magro por causa de minha dieta pobre. Terei de tolerar frio, vento e calor. Fome, sede e fadiga serão meus constantes companheiros. Por meio de todas essas difíceis austeridades, eu tenho de conquistar e secar os sentidos antes que eles conquistem-me. Se meus sentidos me superarem, eu imediatamente morrerei, e não será uma morte gloriosa.

Em todos os meus pensamentos e atos, o progresso espiritual será minha única meta. Com os frutos do deserto, maduros ou não, e com minhas palavras e pensamentos e tudo aquilo que eu coletar, adorarei meus veneráveis antepassados e a Suprema Personalidade de Deus, a quem eles adoraram, e reverenciarei os servos autorizados do Senhor que administram este mundo temporário.

Como eu ando pelo deserto, nunca farei nada para prejudicar ou desagradar os anciãos que se retiraram para a floresta para liberação espiritual. Também não perturbarei meus camponeses nem um dos simples moradores de vila. Seguirei estritamente os mandamentos das escrituras para vida renunciada na floresta. De fato, desejo seguir o mais severo desses mandamentos, até que este corpo estiver acabado e eu descansar em paz.

Vaishampayana disse:

Tendo então falado a Kunti e Madri, o grande monarca Kuru tirou suas jóias, coroa, medalhão, braceletes e brincos e ofereceu tudo aos santos brahmanas, incluindo seu inestimável guarda-roupa e o guarda-roupa e jóias de suas esposas.

Pandu então falou novamente, desta vez dirigindo-se a seus seguidores e criados pessoais:

– Vão para Hastinapura – ele disse, triste – e façam saber que Pandu, junto com suas fervorosas esposas, partiu para a floresta para viver como um mendicante, sem riquezas mundanas ou prazer.

Ouvindo estas palavras despedaçadoras de coração de seu amado senhor, os seguidores de Pandu e criados pessoais fizeram um terrível clamor e soluçaram em angústia. Vertendo lágrimas quentes, eles retornaram de seu monarca a Hastinapura para divulgar sua mensagem final. Enquanto o líder Kuru Dhrtarastra ouvia deles tudo o que acontecera na floresta profunda, não conseguia parar de chorar por seu irmão mais novo.


Continua...

domingo, outubro 17, 2004

Sonhos

Há quem diga que os sonhos são para ser vividos...
Há aquela musica que diz que "...sonhar não custa nada...".

Eu já acho diferente. Acho que sonhar muito alto custa a alto estima...
Nessa semana eu estava conversando com um senhor que afirmava ter o sonho de comprar um biciclete para não precisar mais ter que andar tanto para chegar ao trabalho...
Dai eu fiquei pensando comigo... remoendo umas idéias... E acho que as pessoas começam a vida sonhando alto... com o passar dos anos os sonhos não vão se tornando realidade e eles vão diminuido gradativamente... Até o ponto que se sonha em ter uma bicicleta...
Mas o que será que causa isso? A experiência de vida? A falta de perspectiva? Ou a falta de oportunidade?
Não sei... Eu tenho meus sonhos... E eles não são nada pequenos, mas desde já estou lutando por eles, buscando meios de crescer profissionalmente e ter dinheiro para banca-los... Pois quase tudo na vida hoje em dia precisa de dinheiro...

quarta-feira, outubro 13, 2004

para o alto e avante

bem, eu não queria falar nada sobre a morte do christopher reeves. nem ia.
mas vi um post bem inteligente no ranzinza (dã! plenonasmo!) sobre isso. num dado momento, (acho que eu deveria ter feito fisica) ele menciona que a comoção gerada pela morte de reeves foi causada pelo fato que muitas das pessoas que falaram sobre isso, eram crianças quando viram o super-homem no cimena. e estamos numa onda de nostalgia precoce por parte de quem foi criaturinha nos anos 80, como eu fui.
bem, não tenho a menor saudade dos anos 80. nem dos anos 90. tenho saudade de asgard e ljusaflheim. serve?
mas esse não é o ponto. ao menos pra mim, não!
aqui em midgard, eu cresci lendo hqs. e nunca fui muito fã dos heróis bonzinhos, com exceção de 3, sempre perferi os anti-heróis ou os mais afinizados com a minha personalidade. as 3 exceções, eram thor. (dã!! pq será??) que, por sinal, não tem nada do que as hqs falam, o aranha e o super-homem. não ligo pra quem fala que o super era exagerado, babaca ou seja lá o que for.
na verdade, eu vejo nele o maior mito de representação da nobreza humana.
veja bem: christopher reeves era um ator meia boca e deixou o super com jeito de bobo. o que ele, o super, definitivamente, não tem.
mas ele conseguiu popularizar um mito moderno dos mais importantes.
uma porrada de gente se preocupa com a massacrante exposição a violência a qual os filhos estão imersos, já que as crianças tendem a refletir isso na sua pesonalidade e comportamento. jogos, filmes, livros e revistas.
mas olhe por outro viés: uma criança lê o super homem. aí, o que ela vê? o sujeito mais poderoso do mundo, que poderia escravizar a terra (ele nem é terráqueo), ter toda a riqueza e prazeres do mundo. poderia! mas, ele não faz isso. criado pelos pais terrestres, (matha e jonathan), que iniciaram a sua construção como humano. e ele age como o melhor humano! ele é tão bom nisso, que parece extrapolar o conceito. é claro, ele é o super homem!!!
ele veste uma roupa colorida, prende os caras maus, e não usa os seus poderes pra consquistar a mulher que quer. ele usa seus poderes dignamente... continua abaixo

...continuação

...qualquer bruxo, mago ou feiticeiro que honre o "título", sabe a grande dificuldade disso.
volta e meia vc sempre lembra de um hocus pocus pra pegar aquela gatinha, ou pra fuder o idiota que te enche o saco. mas os verdadeiros nobres, não fazem isso levianamente.
existe uma história do super homem, que eu fiz questão de guardar quando vendi a minha coleção. se chama: "super-homem, as quatro estações."
ela conta a história do jovem clark kent que saiu de pequenopólis e chegou pra trabalhar no planeta diário em metropolis.
não, a história não fala das viagens pelo mundo que clark fez no lapso de tempo entre esses dois pontos, nem de quando cursou jornalismo na universidade de metropólis.
ela se concentra no ínicio da carreira de clark como herói. no mundo descobrindo seus incríveis poderes, e da sua maneira incorruptivel de agir. mas mostra o outro lado. todas as dúvidas, temores e a assombrosa distância que ele tinha do mundo.
ele precisava ser humano. nisso, residia sua maior força. o fim da construção da humanidade do super-homem. literalmente!
o christopher reeve tinha cara de bobo. não conseguiu interpretar o super homem como deveria.
mas será que alguem conseguiria? pense no super homem, no que o seu conceito significa, na beleza dos seus ideiais e imagine se alguem conseguiria interpreta-lo.
não dá! não tem como!
mas acho que depois que ficou tatraplégico, ele conseguiu entender um pouco o que é usar o poder da forma que o super usava.
a propósto...os meus preferidos eram o batman e o magneto.

segunda-feira, outubro 11, 2004

A Imaculada Conceição



No post anterior, prometi que ia falar da "virgindade" de Maria. Particularmente, não acredito que ela era realmente virgem quando ocorreu a concepção de Jesus. Pra ilustrar melhor meu ponto de vista, eis um texto tirado do livro "O Senhor do Mundo" de Michel Coquet:

"Existe uma crença muito tenaz que quer que todos os Avatares nasçam de uma virgem-mãe. Há duas explicações para isso. A primeira, é que o pai genitor, embora agindo como qualquer homem, nesse caso preciso, o faz com tal pureza, com tal desapego, que a mulher permanece astral e mentalmente virgem. Está, como seu esposo-iniciado, pura de qualquer desejo carnal.
A segunda é de ordem mais oculta. A procriação se dá segundo as leis da natureza do corpo e, uma vez a mãe grávida, o embrião pode tornar-se o receptáculo de uma alta entidade divina. Isso aconteceu com Buda, com Krishna e com muitos outros sábios e Avatares.
Em ambos os casos, a virgindade é puramente mental. Mas a Igreja católica, sob a impulsão de São Paulo, fez do ato sexual a base do pecado original e reduziu a virgindade da esposa a um conceito unicamente físico."


As palavras falam por si só. Creio que essas palavras sejam muito mais "pé-no-chão" do que a história mirabolante de uma mulher fisicamente virgem, fecundada pelo Espírito Santo...

sexta-feira, outubro 08, 2004

O senso religioso e a essência do pensamento humano

Hoje eu estava andando pela cidade quando dirigi minha atenção para uma coisa que agora é moda aqui em Recife: evangélicos que colocam um amplificador no meio da rua e ficam fazendo suas pregações. Até aí, tudo bem (ou não). Cada um na sua. O que me deixa meio indignado é o fato de que havia uns 5 homens ao seu lado, cada qual com seu absorvente-de-suvaco (leia-se: Bíblia embaixo do braço), ao invés de estarem se preocupando com trabalho. Ainda assim, tudo bem. Passemos por cima das opiniões pessoais do autor e vamos ao que interessa.

O que realmente me chamou a atenção foram as palavras proferidas pelo cidadão. Condenava o amor à Maria, mãe do próprio Jesus que eles tanto veneram. Se eu fosse levar a Bíblia ao pé da letra (o que não faço), poderia argumentar que Maria fora escolhida por suas virtudes, sendo digna de uma certa veneração (fé) por parte dos cristãos (a história da virgindade será discutida em outro post, prometo). Sendo assim, concluo que esse episódio retratou novamente a questão da incrível particularidade do senso religioso do ser humano.

Cada um tem uma fé única (foi um pleonasmo intencional :P ), até dentro do mesmo sistema religioso. Sempre achamos que estamos certos, que encontramos a verdade, e que devíamos ao menos tentar esclarecer os demais, ou tentar “abrir seus olhos para a (nossa) Verdade”. Eu mesmo às vezes me pego falando sobre minhas convicções, como se fossem a Verdade Última.

Sendo assim, quem estaria certo? Pra mim, você aí está errado, e você acharia o mesmo de mim. Concluindo: EU e VOCÊ estamos certos! Isso mesmo! A Verdade, por ser extremamente simples, pode assumir diversas facetas e interpretações. Obviamente que elas não refletem todo o esplendor da Verdade Última, mas já constituem um “ponto de tolerância”, que devia ser usado pra apaziguar esse nosso instinto de querer converter os outros às nossas crenças.

Mas essa questão pode ser estendida ao pensamento humano como um todo (fazendo jus ao título do post). Sempre achamos que estamos certos, que nosso pensamento é o mais correto e tudo mais. Mas se fizermos a Correspondência (lembremos do Princípio Hermético da Correspondência, que já foi explicado num post anterior) com o senso religioso exposto acima, veremos que também pode haver esse “ponto de tolerância”, que devemos reconhecer, para assim sermos mais tolerantes.

Pois, vai que um dia mudamos de opinião?

E de pensar que tudo isso começou por causa de um amplificador no meio da rua...

terça-feira, outubro 05, 2004

O Espaço



O espaço é relativo, faz parte dos "artifícios" da mente objetiva para compreender o mundo físico e estabelecer distâncias, e com elas, o Tempo (de deslocamento entre duas coisas no Espaço).

Isso é o que muitos dizem, mas o que seria realmente esse negócio que chamamos de Espaço? Tudo bem que ele precisa existir para que a própria Matéria exista, mas será que existem limites?

Façamos uma experiência. Feche os olhos e imagine sua consciência se deslocando até os confins do Universo. Continue, até onde puder imaginar. Creio que nesse ponto você já percebeu que podemos imaginar infinitamente e que, mesmo que alguém diga que há um limite, você perguntaria automaticamente: "E além desse limite? O que existe?" Bem, na minha opinião, se conseguimos imaginar um limite, também conseguimos imaginar algo além, ou seja, mais Espaço, tornando-o "imaginariamente" infinito.

Façamos agora o contrário: imagine sua consciência se deslocando para dentro de, por exemplo, uma célula. Imagine todos os elementos, as mitocôndrias, o núcleo, e vá indo além, procurando o que há de menor, as cadeias de proteínas, as moléculas, os átomos, os elementos que constituem os átomos: elétrons, prótons e nêutrons, e vá além. Creio que também nesse ponto chegamos à conclusão de que podemos imaginar muito além da menor partícula de matéria, não é mesmo? Isso se torna um verdadeiro "poço sem fundo", fazendo-nos pensar mais cuidadosamente a respeito do conceito de Espaço.

É estranho para a mente finita conceber algo infinito, embora aceitemos bem o conceito de números infinitos, mas o Espaço, assim como o Tempo, se levado a sério em nossas meditações, é de causar um "nó na cabeça", não é mesmo?

sexta-feira, outubro 01, 2004

OLHOS FRESCOS

Uma vez, existiam pequenos insetos, pequenas criaturas unicelulares que podiam chacoalhar e cheirar algumas mudanças químicas no seu mundo de sopa orgânica. "Isto é tudo que há pra ser conhecido", eles declaravam, e seguiram em frente com contentes com sua existência, absorvendo e dividindo, absorvendo e dividindo, e fazendo muito mais deles mesmos. Alguns radicais de alguma maneira sabiam que existia mais lá fora do que proteínas e cadeias de aminoácidos. Eles podiam sentir isso em seus cílios, sentir em seus flagelos e saber em seus núcleos. Eles não podiam provar isso, mas eles sabiam que havia mais pra ser conhecido sobre O QUE ESTÁ LÁ FORA. Embora a maioria da comunidade bacteriológica rejeitasse esses radicais, e pensassem que eles eram loucos, alguns preciosos queriam levantar a máscara do resto do universo.
Então eles colocaram sua potencial vida eterna em linha e, em medo e água quente, eles se organizaram em critérios multicelulares. Nesse momento transcendente, eles ABRIRAM SEU PRIMEIRO OLHO! Não o globo ocular atual, é lógico, mas uma coleção real, nervos trabalhando.
Boa mudança! Agora eles podiam sentir suas conexões com a sopa química que fervilhava sobre eles e saber muito mais sobre O QUE ESTÁ LÁ FORA. Isto deu a eles uma grande vantagem sobre os que não podiam sentir, a quem eles comeram. A escura, quieta, ainda, piscina sem sabor de desprezo químico variações tornaram um ativo banho sensorial de privações, chacoalhavam e batiam. Completamente inflamados por este novo fluxo de informação, a nação nematóide inventou o sexo. Outra grande mudança, porque não se multiplicavam sozinhos como loucos, mas no mágico momento desta fornicação frenética, eles também entraram em contato com um sentimento interiormente profundo no seus agrupamentos de nervos.
Ainda havia mais para saber! Embora o resto dos vermes zombaram e os chamaram de loucos, os poucos pioneiros concentraram seus nervos na direção ao indistinto, desfalecendo, impossivelmente estímulos vagos que chamaram eles e, num momento transcendente, ABRIRAM SEU SEGUNDO OLHO! Luz! Som! Figuras moveis e coloridas! Grande mudança de novo! Mais do universo esclarecia-se, uma sensual cornucópia de informação sobre O QUE ESTÁ LÁ FORA e sua conexão com isto; e eles se empanzinaram nisto - comendo, reproduzindo e assistindo 500 canais de tv a cabo. Um frenesi de posterior diversão sensual, a sopa orgânica estava cheia com estas crianças de agrupamentos nervosos organizados.
Embora no interior de seus gânglios eles sabiam que havia mais para ser conhecido, grande parte deles cometeram os mesmo erros dos seus ancestrais unicelulares cometeram tempos atrás. Eles zombaram com a noção que havia mais para se saber e qualquer maneira de ficar sabendo isto, e chamaram qualquer dissidente de louco. Bem, senhor, uns poucos pioneiros de novo concentraram suas consciências no silêncio, doce som que exorciza sobre o vácuo sensorial da consciência, movimentando alguma coisa em algum lugar dentro do intervalo do sistema glandular e, em um momento transcendente ABRIRAM SEU TERCEIRO OLHO!
Grande mudança de novo! Eles receberam mensagens e informações sensoriais desconhecidas para intimidar a maioria ou tão difícil de explicar como um analista de mercado explicar trigonometria para um verme de cereais. Eles tiveram outro avanço espetacular adiante no conhecimento sobre O QUE ESTÁ LÁ FORA e sua inefável conexão com isto. Mas os restos dos medrosos e analista de mercados os chamaram de loucos. Bom, 23 zilhões de bactérias disseram a mesma coisa centenas de milhares de anos atrás. E onde eles estão hoje? Ainda são bactérias! Então te digo, seja louco! Fique ansioso pra ser insano antes do resto do mundo. Vista sua loucura individual orgulhosamente! Conquiste a tirania do seu dispositivo de entrada neurológico corrente, e despeça-se dos seus sentidos.

(Retirado de um livro de RPG)