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terça-feira, outubro 05, 2004

O Espaço



O espaço é relativo, faz parte dos "artifícios" da mente objetiva para compreender o mundo físico e estabelecer distâncias, e com elas, o Tempo (de deslocamento entre duas coisas no Espaço).

Isso é o que muitos dizem, mas o que seria realmente esse negócio que chamamos de Espaço? Tudo bem que ele precisa existir para que a própria Matéria exista, mas será que existem limites?

Façamos uma experiência. Feche os olhos e imagine sua consciência se deslocando até os confins do Universo. Continue, até onde puder imaginar. Creio que nesse ponto você já percebeu que podemos imaginar infinitamente e que, mesmo que alguém diga que há um limite, você perguntaria automaticamente: "E além desse limite? O que existe?" Bem, na minha opinião, se conseguimos imaginar um limite, também conseguimos imaginar algo além, ou seja, mais Espaço, tornando-o "imaginariamente" infinito.

Façamos agora o contrário: imagine sua consciência se deslocando para dentro de, por exemplo, uma célula. Imagine todos os elementos, as mitocôndrias, o núcleo, e vá indo além, procurando o que há de menor, as cadeias de proteínas, as moléculas, os átomos, os elementos que constituem os átomos: elétrons, prótons e nêutrons, e vá além. Creio que também nesse ponto chegamos à conclusão de que podemos imaginar muito além da menor partícula de matéria, não é mesmo? Isso se torna um verdadeiro "poço sem fundo", fazendo-nos pensar mais cuidadosamente a respeito do conceito de Espaço.

É estranho para a mente finita conceber algo infinito, embora aceitemos bem o conceito de números infinitos, mas o Espaço, assim como o Tempo, se levado a sério em nossas meditações, é de causar um "nó na cabeça", não é mesmo?