A morte (parte I)
Eis um assunto polêmico. Hoje em dia tem muita gente que fala que já não tem medo da morte, por ter a crença de que ela não é o fim de tudo. Mas é só passar por uma situação de perigo extremo que já se borram. Isso se dá pela expectativa. Nessas horas, vem aquele questionamento automático: “Será que é assim mesmo? Será que o que eu acredito é realmente verdade? E agora, será o fim de tudo?”
Eu já fui seqüestrado e senti na pele esse nervosismo. Imagine o que é ter 2 armas apontadas pra você no banco de trás do carro e na frente, outro cara armado dirigindo com sua namorada no banco do passageiro... Logo vem a idéia de que eles podem fazer qualquer coisa naquele momento. Sua vida é apenas um detalhe a ser levado em questão na hora de decidirem o que fazer com você depois de zerarem sua conta bancária. Peraí! Mas esse post não é pra falar da violência. Então vamos voltar à questão:
Eu acredito em reencarnação, mas não naquela que os espíritas consideram, em que ficamos num mundo paralelo e podemos manter contato com o plano físico. Se fosse assim, ocorreria um erro com relação ao karma (pra quem não sabe, o termo “karma” não é espírita, mas vem desde a antiguidade nas escrituras hindus).
Acompanhem o meu raciocínio: se teoricamente “aqui se faz, aqui se paga”, quer dizer que o sofrimento só deve acontecer nesse plano, certo? Se assim é, um espírito de alguém que desencarnou recentemente voltasse para ver “como estavam as coisas e sua família”, poderia sofrer com a saudade ou mesmo pelo rumo que as coisas estivessem tomando. Isso contrariaria a lei do karma, não é?
Pois bem, eu compartilho com a opinião dos teósofos de que a alma segue um rumo diferente, ficando em estado devachânico, imersa no êxtase da Unidade, esperando sua próxima oportunidade de encarnar para pagar o que tem que ser pago.
Continua...