Reconstruindo o chão
Sabem quando a gente constrói todo um aparato mental, como uma base para a nossa vida? Dentro desse arcabouço, moldamos nossas atitudes e fazemos nossos planos pro futuro. Um exemplo é quando achamos que a pessoa com quem convivemos estará ao nosso lado pro resto da vida. Quando há uma separação, nos vemos forçados a ver que podemos sobreviver sem aquilo, mas aí vem o pânico: o que fazer? E, principalmente, COMO fazer?
É interessante ver o quanto baseamos nossa vida em situações externas, por mais que não admitamos isso, por mais que nos achemos independentes. Com isso, deve-se fazer, primeiramente, uma análise da real importância dessa base construída (e recém demolida) para o nosso desenvolvimento, seja pessoal, profissional ou de qualquer outra esfera. Depois, é hora de deixar o passado no seu devido lugar. Em primeira instância, é importante enterrar o passado em definitivo, pois lembranças boas podem trazer à tona lembranças ruins, e todo esse remoer só nos traz mais tristeza e nos leva mais fundo no poço. Com o tempo, esse passado pode ser rememorado, desde que devidamente superado. O perdão é fundamental para que nos sintamos em paz com nosso passado. Depois vem a parte principal: mudar o foco de nossos pensamentos, pois, ao extirpar o passado, quase não sobra nada pra se pensar, pois o ser humano vive quase sempre com um pé no “antigamente”, ao invés de ser no “daqui pra frente”. Pode ser realmente difícil, mas podem ocorrer fatos simples que nos tiram do antigo foco e nos colocam em contato com o novo, novas possibilidades e esperanças. Há de se tomar muito cuidado com o deslumbramento causado por tudo isso, mas com certeza, uma nova linha de pensamento sempre nos ajuda a sair da tristeza e abandonar nossas lembranças.
Sejamos felizes por nós mesmos. Sejamos felizes PARA nós mesmos!
O resto vem como consequência...