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segunda-feira, julho 12, 2004

Poema de Crowley

Tu que és eu mesmo, além de tudo meu
Sem a natureza , inominado ateu;
Que quando o mais se esfuma, ficas no crisol;
Tu que és o segredo e o coração do Sol;
Tu que és a escondida fonte do universo;
Tu solitário, real fogo no bastão imerso,
Sempre abrasando; tu que és a só semente;
De liberdade, vida, amor, e luz, eternamente;
Tu, além da visão e da palavra;
Tu eu invoco, e assim meu fogo lavra!
Tu eu invoco, minha vida meu farol;
Tu que és o segredo e o coração do Sol
E aquele arcano dos arcanos santo
Do qual eu sou veículo e sou manto
Demonstra teu terrível, doce brilho:
Aparece, como lei, neste teu filho!
Amor é a lei, amor sob vontade

(Autor: Aleister Crowley)