A morte (parte III de não sei quantas)
Li outro dia numa apostila sobre Platão (ou era Sócrates? Ou os dois? – visto que Platão foi discípulo de Sócrates), que eles consideravam a morte como a verdadeira vida, pois durante o período de “morte”, ou seja, entre uma encarnação e outra, a alma estaria em “seu verdadeiro lar”. Isso está em consonância com o que falei no primeiro post sobre esse assunto. Seria o estado devachânico em que a alma retorna à Unidade e espera sua próxima encarnação.
Essa volta era considerada uma prisão na opinião desses filósofos e devia ser evitada a qualquer custo. A salvação, ou seja, o triunfo sobre a vida e a libertação da alma das algemas do plano físico, sem precisar mais encarnar, seria alcançado através da pura filosofia, ou conhecimento. Para os hindus, usa-se o termo jnana-yoga. A virtude seria um meio e um fim. Só se alcança a virtude através dela mesma.
De acordo com o que aprendemos na faculdade (pelo menos é o que percebo), os historiadores do pensamento ocidental parecem acreditar que esses filósofos gregos foram os “primeiros” a pensar nessas coisas, mas se formos buscar mais anteriormente, vamos ver as raízes dessas idéias no Antigo Egito e, mais antigamente, nas escrituras hindus, ou seja, o “pensamento ocidental” e o oriental são uma coisa só...
Pronto! Acabei com essa “linha divisória” ridícula entre Oriente e Ocidente! (pretensioso, não?)